sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Chez não é hilário
‘Chez não é hilário.’
Essa é a ideia principal de Chez. Um velho soldado que é atirado da Primeira Grande Guerra para o início dos anos 80, e que vive até hoje. Esse é o primeiro projeto em anos que me obriga a voltar para a prancheta, para o papel, para os lápis e as canetas de tinta preta que eu consigo encontrar por aqui; que me obriga de novo à pena.
‘Chez’ é uma viagem pessoal e idiossincrática.
sábado, 1 de setembro de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
terça-feira, 21 de agosto de 2012
sábado, 18 de agosto de 2012
domingo, 12 de agosto de 2012
sábado, 11 de agosto de 2012
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
domingo, 1 de julho de 2012
domingo, 24 de junho de 2012
sábado, 16 de junho de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
terça-feira, 5 de junho de 2012
sexta-feira, 1 de junho de 2012
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Partida repentina do Homem Pássaro abala o mundo
Volta, Homem Pássaro!
Multidão usando máscaras faz um minuto de silêncio como protesto pela partida do Homem Pássaro |
Depois de observarem, perplexas, a despedida do
Homem Pássaro, multidões têm ocupado as ruas de várias cidades do mundo
exigindo o imediato retorno do Homem Pássaro. A onda de protestos tem invadido
as ruas de várias capitais do planeta. Manifestantes alegam que só retornarão
às suas atividades capitalistas normais quando o Homem Pássaro retornar à
Terra.
A paralisação do consumo já fez suas vítimas. As
principais bolsas de valores do mundo registraram queda de até 4%. O índice BOVESPA
registrou queda de 1,29% e preocupa especialistas. Analistas duvidam que o
governo consiga evitar essa crise com a mesma eficiência que enfrentou as
crises anteriores devido ao “ineditismo da situação” apresentada.
Na Avenida Paulista, uma multidão cantou músicas da
Legião Urbana, sob a batuta do, agora maestro, Wagner Moura. A intenção era
emocionar o Homem Pássaro, que nunca escondeu a sua preferência por essa banda
de Brasília. Nossa equipe de reportagens procurou o Dr. Jacinto Armando,
cientista especialista em comunicação com seres inteligentes de outros planetas,
e inquiriu sobre a possibilidade de multidão possuir componentes suficientes
para cantar uma música que pudesse ser ouvida do espaço. Depois de muitos
cálculos e pesquisas, Dr. Armando foi categórico em afirmar que “o som não se
propaga no vácuo”, então completou em tom enigmático, “graças à Deus”.
Com uma fantasia de galinha, Wagner Moura coordena o coro de anônimos; eles cantaram a plenos pulmões velhos sucessos da Legião Urbana, banda preferida do Homem Pássaro. |
Esperamos, agora, que estes protestos sejam o
suficiente para comover o Homem Pássaro a respeito de sua absoluta imprescindibilidade
para a manutenção da vida humana, apressando a sua volta à Terra.
O adeus do Homem Pássaro.
Chegou a
hora da despedida.
Isso mesmo, depois de tanto tempo tentando chamar a atenção de todos, o Homem Pássaro resolveu se despedir dos humanos. Ele não quis aparecer em público, pois odeia despedidas.
Isso mesmo, depois de tanto tempo tentando chamar a atenção de todos, o Homem Pássaro resolveu se despedir dos humanos. Ele não quis aparecer em público, pois odeia despedidas.
Amigos íntimos contam que, cansado de
mendigar demonstrações de apreço, ele
conseguiu uma carona para seu planeta
natal, mas deixou esse animal fofinho para
receber o carinho de vocês.
É a última
chance de demonstrarem
carinho pelo
sentimental amigo, então,
aproveitem.
AVISO IMPORTANTE:
NENHUM ANIMAL FOI
MALTRATADO PARA
PRODUZIR ESSA IMAGEM.
terça-feira, 29 de maio de 2012
Todo o universo numa gota
Talvez tenha uma música tocando.
Uma gota que
despenca da torneira denuncia um fragmento infinitésimo da música eternal que
vem escorrendo desde o início, há bilhões de anos, dando vazão à perenidade
desde antes, até depois. Tudo que aconteceu, aconteceu antes de mim. Quero vê-lo,
esse tudo que se passou.
Um universo
inteiro musical, contínuo; umas vidas que se emendam. Não só a vida do meu avô conectando-se
à do meu pai, que se emendou à minha, que se emendará, no povir, quem sabe, ao
meu filho, mas todos emendados como uvas a um cordão umbilical comum, um cordão
umbilical comum, universal.
A música pode ser
ouvida, com atenção, na gota que se desprende da torneira sobre a louça que
ainda não foi lavada, e se despede, apenas para afinar nossos ouvidos. A gota
diapasão da vida. É uma gota que prenuncia o futuro: a casa nova, os números da
loteria de amanhã à tarde, o pai que ainda não morreu, a Lua se separando da
Terra lentamente.
Silêncio. O
futuro é sólido, e tudo já aconteceu.
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